sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Selvagens e Campestres


O Labirinto de Amor do Fauno.

Fauno parece ter sido um antigo deus romano. Seu nome aparece como um deus bem feitor, “favorável”, protetor dos rebanhos e pastores, o que facilitou sob a influência grega a sua identificação com o deus Pan. Considerado filho de Júpiter e Circe, sua personalidade alimentou a dos reis e inclusive foi considerado um dos primeiros reis de Lácio, antes da chegada de Enéas em solo romano e da fundação de Roma. A personalidade divina de Fauno persistiu em várias formas: os faunos, por exemplo, gênios selvagens e campestres, companheiros dos pastores, cuja natureza é dupla: metade homem, metade bode, tem chifres e com freqüência cascos de cabra. Fauno promoveu a agricultura e a pecuária entre seus súditos, e também se destacou como caçador. Após sua morte, foi elevado à posição de divindade tutelar do país, por seus muitos serviços prestados a agricultura e pecuária. Fauno foi adorado por seus diferentes papéis: como deus dos campos e dos pastores e como uma divindade oracular e profética. Como deus da profecia, chamado pelo nome de Fatuo (Fatuus), acreditava-se que revelava o futuro do homem, em parte por seus sonhos e também mediante vozes de origem desconhecida. Por causa das formas que dava em seus oráculos, é considerado o autor das aparições espectrais e sons terríveis. Era também descrito como um deus lascivo e voluptuoso, que morava nos bosques e gostava das ninfas.
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