sábado, 30 de janeiro de 2010

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

The Wolves (Act I & II)



Bon Iver - The Wolves (Act I & II)

Um dia minha dor, um dia minha dor

Marcará você
Aproveite a sua culpa, aproveite a sua culpa
e ande sobre isso

Com os lobos selvagens em torno de você
Na manhã, vou chamar-te
Enviar isso para mais adiante

Meu jogo de consolo, meu jogo de consolo
É estrelado por você
O ritmo invade sua mente, o ritmo invade sua mente
E corre atravez de mim

E a história é toda sobre você
De manhã eu te ligo
Você não pode encontrar uma pista, quando seus olhos
estão todos pintados Sinatra azul
O que poderia ter sido perdido
Não me incomoda
...

A Lula e a Baleia



Áudio: Inglês
Legenda: Embutida
Tamanho: 700 MB
Formato: Avi
Qualidade: DvdRip


Sinopse

Brooklyn, 1986. Bernard Berkman (Jeff Daniels) já foi um romancista de grande sucesso, sendo que sua esposa Joan (Laura Linney) começa a despontar na área. Tanto Bernard quanto Joan já desistiram de seu casamento, com ambos deixando seus filhos, Walt (Jesse Eisenberg) e Frank (Owen Kline), à própria sorte. Para Walt esta situação serve como aprendizado e amadurecimento, mas para Frank trata-se de uma transição complicada pela qual será obrigado a passar.
...

The Love Cats


Os Gatos do Amor

Nos movemos como tigres na jaula
Não conseguimos ficar mais perto do que isto
O jeito como andamos
O jeito como falamos
O jeito como saímos a caça
O jeito como beijamos
Deslizamos pela rua
Enquanto todo mundo dorme
Ficando maiores e mais lisos
E mais largos e mais brilhantes
Nós mordemos e arranhamos e gritamos toda noite
Vamos e despejamos
Todas as canções que conhecemos

No mar
Eu e você
Todos esses anos e ninguém ouviu
Eu vou te mostrar na primavera
É uma coisa traiçoeira
Nós sentimos a sua falta e sibilamos os gatos do amor

Nós somos tão maravilhosamente maravilhosamente
Maravilhosamente maravilhosamente bonitos!
Oh, você sabe que eu faria qualquer coisa por você...
Deveríamos ter um ao outro para jantar huh?
Deveríamos ter um ao outro com creme
Então aninhe-se no fogo
E durma um pouco
É a coisa mais legal
É um sonho perfeito

De mãos dadas
É a única maneira de aterrisar
E sempre o jeito certo de dar voltas
Não se parte em pedaços
Como pequenos odiosos camundongos
Como pudemos sentir falta
De alguém tão estúpido assim?

Eu te amo...vamos nesta...
Oh...se foram de vez...
Como pudemos sentir falta
De alguém tão estúpido assim?

...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ta Vendo!?

Arido Movie - Filme


Download

Tamanho: 697 MB
Formato: AVI
Áudio: 10
Vídeo: 10

Sinopse

Jonas (Guilherme Weber) é o repórter do tempo de uma grande rede de TV, que mora em São Paulo mas está rumo à sua cidade-natal, localizada no interior do nordeste. O motivo é a morte de seu pai (Paulo César Pereio), com quem teve pouquíssimo contato e que foi assassinado inesperadamente. Jonas enfrenta problemas para chegar à cidade, até que recebe carona de Soledad (Giulia Gam), uma videomaker que está fazendo um documentário sobre a água no sertão. Ao chegar ele encontra uma parte da família a qual não conhecia até então, que lhe cobra que se vingue da morte do pai.
...

Fator Acochativo

Weird Revolution



BUTTHOLE SURFERS

Weird Revolution
(Released August 28, 2001)

1. "The Weird Revolution" – 3:36
2. "The Shame of Life" – 3:54
3. "Dracula from Houston" – 3:42
4. "Venus" – 3:55
5. "Shit Like That" – 3:18
6. "Mexico" – 3:50
7. "Intelligent Guy" – 3:04
8. "Get Down" – 5:29
9. "Jet Fighter" – 2:57
10. "The Last Astronaut" – 4:07
11. "Yentel" – 3:22
12. "They Came In" – 4:00


...

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Jonas Dentro da Baleia



Mestre Jonas

Dentro da baleia mora mestre Jonas,
Desde que completou a maior idade,
A baleia é sua casa, sua cidade,
Dentro dela guarda suas gravatas, seus ternos de linho.

E ele diz que se chama Jonas,
E ele diz que é um santo homem,
E ele diz que mora dentro da baleia por vontade própria,
E ele diz que está comprometido,
E ele diz que assinou papel,
Que vai mantê-lo dentro da baleia,
Até o fim da vida,
Até o fim da vida.

Dentro da baleia a vida é tão mais fácil,
Nada incomoda o silêncio e a paz de Jonas.
Quando o tempo é mal, a tempestade fica de fora,
A baleia é mais segura que um grande navio.

E ele diz que se chama Jonas,
E ele diz que é um santo homem,
E ele diz que mora dentro da baleia por vontade própria,
E ele diz que está comprometido,
E ele diz que assinou papel,
Que vai mantê-lo dentro da baleia,
Até o fim da vida,
Até o fim da vida,
Até subir pro céu.
...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Electriclarryland

Butthole Surfers

Electriclarryland
( Released May 6, 1996 )

1. "Birds" – 3:10
2. "Cough Syrup" – 4:33
3. "Pepper" – 4:57
4. "Thermador" – 4:35
5. "Ulcer Breakout" – 2:34
6. "Jingle of a Dog's Collar" – 3:08
7. "TV Star" – 3:06
8. "My Brother's Wife" – 5:13
9. "Ah Ha" – 3:31
10. "The Lord Is a Monkey" – 4:46
11. "Let's Talk About Cars" – 4:34
12. "L.A." – 2:46
13. "Space" – 4:25


...


segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Passeio pela Enxurrada



...

E aos Moinhos de Vento




Os Imperdoáveis

Sangue novo junta-se a esta horda
E rapidamente é subjugado
Pela constante dôr e desgraça
O menino aprende as regras deles

Com o passar do tempo a criança cresce
Este miudo choramingão portou-se mal
Privadio de todos os seus pensamentos
O jovem luta, e por isso fica conhecido
Um juramento a si mesmo
Que nunca a partir deste dia
A sua vontade lhe irão roubar

O que eu sentia, o que eu sabia
Nunca transpareceu no que eu mostrava
Nunca ser, nunca ver
Jamais verei o que poderia ser

O que eu sentia, o que eu sabia
Nunca transpareceu no que eu mostrava
Nunca livre, nunca eu [mesmo]
Por isso nomeio-vos de imperdoáveis

Eles dedicam as suas vidas
A acabar com a dele
Ele tenta lhes agradar
Este homem amargo que ele é
Por toda a sua vida o mesmo
Ele batalha constantemente
Esta luta ele não pode vencer
Um homem cansado eles vêem, mas ele já não se importa
O velhote então prepara-se
Para morrer cheio de arrependimentos
Este velhote aqui... sou eu

O que eu sentia, o que eu sabia
Nunca transpareceu no que eu mostrava
Nunca ser, nunca ver
Jamais verei o que poderia ser
O que eu sentia, o que eu sabia
Nunca transpareceu no que eu mostrava
Nunca livre, nunca eu [mesmo]
Por isso nomeio-vos de imperdoáveis

Nunca livre, nunca eu [mesmo]
Por isso nomeio-vos de imperdoáveis

Vocês rotulam-me, Eu rotulo vocês
Por isso nomeio-vos de imperdoáveis
...

Querido Papai Noel




Viagem num tapete mágico

Eu gosto de sonhar
Sim, sim bem no meio da máquina de som
Em uma nuvem de suspiro eu vagabundeio na noite
Qualquer lugar está legal
Vai longe, voa perto, rumo às estrelas fora daqui

Bem, você não sabe o que nós poderíamos encontrar
Por que você não vem comigo, garotinha, em uma viagem num tapete mágico?
Bem, você não sabe o que nós poderíamos ver
Por que você não me conta seus sonhos, a fantasia vai te libertar

Na noite passada eu segurei na lâmpada do Aladdin, então eu desejei que pudesse ficar
Antes que a coisa pudesse me responder direito, alguém tomou a lâmpada de mim
Eu olhei em volta e uma vela derretida foi tudo o que encontrei

Feche seus olhos, garota, olhe para dentro, garota, deixe a Música te levar embora

...

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Independent Worm Saloon


Download

Butthole Surfers


Independent Worm Saloon
(Released March 23, 1993)

1. "Who Was in My Room Last Night?" – 4:09
2. "The Wooden Song" – 3:50
3. "Tongue" – 2:06
4. "Chewin' George Lucas' Chocolate" – 0:43
5. "Goofy's Concern" – 3:03
6. "Alcohol" – 3:19
7. "Dog Inside Your Body" – 3:06
8. "Strawberry" – 4:08
9. "Some Dispute Over T-Shirt Sales" 2:06
10. "Dancing Fool" – 2:59
11. "You Don't Know Me" – 2:41
12. "The Annoying Song" – 2:40
13. "Dust Devil" – 6:39
14. "Leave Me Alone" – 2:25
15. "Edgar" – 3:34
16. "The Ballad of Naked Man" – 6:05
17. "Clean It Up" – 8:39


...

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Locust Abortion Technician


Butthole Surfers


Locust Abortion Technician
(Released March 1987)

1- Sweat Loaf
2- Graveyard
3- Pittsburgh to Lebanon
4- Weber
5- Hay
6- Human Cannonball
7- U.S.S.A.
8- The O-Men
9- Kuntz
10- Graveyard
11- 22 Going on 23


...


Butthole Surfers



Quem estava no meu quarto ontem a noite?


A noite toda meu corpo queimou
os lençóis estavam molhados e frios
As luzes acesas
Meus olhos já eram
e qualquer momento perde o controle

O golpe na minha janela
Ou é apenas um golpe na minha cabeça?
Eu me pergunto quem estava no meu quarto a noite passada
Quem é que estava na minha cama

Devia ter algum corpo lá
Eu juro que senti algum cheio de carne
Levou um tempo mas eu percebi que era a minha mesmo
Havia dedos descendo pelo meu peito

Minha boca foi até o teto
e meu corpo foi ao chão
Eu não podia achar uma chave
Pois não havia nada que eu pudesse ver
Então corri pra porta

Os tiras, o sacerdote e a brigada de emergência
Ninguém tinha uma pista
Ninguém para me dizer quem estava a me tocar
Ou o que eu podia fazer

Minha garganta seca, as esperanças altas
Mas nada jamais foi dito
mas quem estava no meu quarto a noite passada
Quem é que estava na minha cama?
...

Diário de Rorschach

12 de outubro de 1985

Carcaça de um cão morto no beco hoje de manhã com marcas de pneu no ventre rasgado. A cidade tem medo de mim. Eu vi sua verdadeira face. As ruas são sarjetas dilatadas cheias de sangue e, quando os bueiros transbordarem, todos os vermes vão se afogar. A imundice de todo sexo e matanças vai espumar até a cintura e as putas e os políticos vão olhar para cima gritando “salve-nos”… e eu vou olhar para baixo e dizer “não”. Eles tiveram escolha, todos. Podiam ter seguido os passos de homens honrados como meu pai ou o presidente Truman. Homens decentes, que acreditavam no suor do trabalho honesto. Mas seguiram os excrementos de devassos e comunistas sem perceber que a trilha levava a um precipício até ser tarde demais. E não me digam que não tiveram escolha. Agora o mundo todo está na beira do abismo contemplando o inferno e os liberais, intelectuais e sedutores de fala macia… de repente não sabem mais o que dizer.


13 de outubro de 1985

Dormi o dia todo. Acordei às 16:37, com a senhoria reclamando do cheiro. Ela tem cinco filhos de cinco pais diferentes. Deve enganar a previdência social. Logo vai anoitecer. Lá embaixo a cidade grita como um matadouro cheio de crianças retardadas. Nova York. Sexta à noite um comediante morreu em Nova York. Alguém sabe por quê. Lá embaixo… alguém sabe. O crepúsculo fede a fornicação e más consciências. Acho que vou me exercitar.

Primeira visita da noite infrutífera. Ninguém sabia de nada. Sinto-me deprimido. A cidade está morrendo de hidrofobia. Será que só consigo limpar a baba da sua boca? Jamais se desesperar. Jamais se render. Deixo as baratas humanas discutindo heroína e pornografia infantil. Tenho assuntos a tratar com outra classe de pessoas.

20:30. Encontrar Veidt me deixou um gosto ruim na boca. Ele é mimado e decadente. Traiu até mesmo suas próprias hipocrisias liberais. Talvez homossexual? Devo me lembrar de investigar mais. Dreiberg não fica atrás. Um fracassado lamuriando-se no porão. Por que restam tão poucos de nós na ativa e sem desvios de personalidade? O primeiro Coruja é dono de uma oficina. A primeira Espectral é uma puta velha e inchada morrendo num asilo na Califórnia. Capitão Metrópolis foi decapitado num acidente de carro em 1974. O Mariposa está num hospício no Maine. Silhouette aposentou-se em desgraça. Foi morta seis semanas depois por alguém querendo vingança. Dollar Bill foi baleado. Justiceiro Encapuzado sumiu em 55. O Comediante está morto. Só restam dois nomes na minha lista. Ambos moram no Centro Rockefeller de Pesquisas Militares. Eu vou até eles. Vou avisar o homem indestrutível que alguém planeja matá-lo.

23:30. Sexta à noite um comediante morreu em Nova York. Jogado pela janela. Quando atingiu a calçada, a cabeça dele entrou no estômago. Ninguém liga. Ninguém além de mim. Será que eles estão certos? Logo vai haver guerra. Milhões vão queimar. Milhões vão perecer de doença e miséria. Por que se importar com uma morte? Porque existe o bem e o mal, e o mal tem de ser punido. Mesmo à beira do fim, isso não vai mudar. Mas muitos merecem punição… e há tão pouco tempo.

16 de outubro de 1985.

Rua 42: seios nus se esparramam de todos os outdoors, de todos os cartazes, sujando a calçada. Me ofereceram amor sueco e amor francês… mas não amor americano. Amor americano; como Coca em garrafas de vidro verde…eles não fazem mais. Pensei na história do Moloch a caminho do cemitério. Pode ser mentira. Parte de uma vingança planejada durante uma década atrás das grades. Mas, se for verdade, o que significa? Referência intrigante a uma ilha. Também ao Dr. Manhattan. Será que ele corre perigo? Tantas perguntas. Tudo bem. Respostas em breve. Nada é insolúvel. Existe esperança. Enquanto houver vida. No cemitério, cruzes brancas se enfileram, marcas de giz numa lousa gigante. Faço última visita em silêncio, sem alarde. Edward Morgan Blake. Nascido em 1924. Comediante por 45 anos. Falecido em 1985, enterrado na chuva. É o que acontece conosco? Uma vida de conflitos sem tempo para amigos… e no fim só nossos inimigos deixam rosas. Vidas violentas terminando violentamente. Dollar Bill, Silhouette, Capitão Metrópolis… nós nunca morremos na cama. Não é permitido. Algo da nossa personalidade, talvez? Algum impulso animal para lutar e se debater, fazendo de nós o que somos? Não é importante. Fazemos o que deve ser feito. Outros enterram a cabeça entre as tetas inchadas da indulgência e da gratificação, leitões procurando abrigo debaixo de uma porca… e o futuro se avista como um trem expresso. Blake entendia. Tratava tudo como piada, mas entendia. Ele viu as rachas na sociedade. Viu os homenzinhos de máscara tentando remendar tudo… Ele viu a verdadeira face do século 20 e escolheu se tornar um reflexo, uma paródia desses tempos. Ninguém mais viu a piada. Por isso a sua solidão. Ouvi uma piada uma vez: Homem vai ao médico. Diz que está deprimido. Diz que a vida parece dura e cruel. Conta que se sente só num mundo ameaçador onde o que se anuncia é vago e incerto. Médico diz: “Tratamento é simples. O grande palhaço Pagliacci está na cidade. Assista ao espetáculo. Isso deve animá-lo.” Homem se desfaz em lágrimas. E diz: “Mas, doutor… eu sou o Pagliacci.” Boa piada. Todo mundo ri. Rufam os tambores. Desce o pano.

21 de outubro de 1985.

Saí da casa de Jacobi às 2:35. Ele não sabe nada sobre a tentativa de desacreditar Dr. Manhattan. Foi apenas usado. Por quem? Russos parecem a escolha óbvia: Manhattan e Comediante eram figuras militares importantes. Mas Comediante falou de uma ilha, artistas e escritores vivendo nela. Não se encaixa. Não consigo me concentrar. Cansado demais. Sem dormir desde sábado. Andei pra casa passando por latas de lixo cheias de rumores de guerra, analisando fatos; corpos; motivos… aguardando um lampejo de clareza no mar de sangue.

Acordei às onze com gritos lá fora. Perturbado por ter adormecido sem remover a pele da cabeça. Mais cansado do que imaginava. Devo ter mais cuidado. Do outro lado da rua, garotos com spray desfiguravam prédio abandonado. Memorizei feições e me preparei para o trabalho. Primeiro tirei meu rosto, dobrei e guardei no casaco. Sem face, ninguém me conhece. Ninguém sabe quem sou. Ao sair do quarto, encontrei a senhoria. Queixas de sempre: higiene e aluguel. Havia marcas de chupada no pescoço gordo. Recentes. Ela me lembra minha mãe. Na rua, inspecionei o prédio desfigurado: silhueta na porta, homem e mulher, possivelmente em preliminares sexuais. Não gostei. Faz porta parecer assombrada. Na 40a com a 7a, vi Dreiberg e Juspeczyk saindo do Gunga Diner. Um caso, talvez? Será que Juspeczyk arquitetou exílio de Manhattan a fim de abrir caminho para Dreiberg? Ela também odiava o Comediante. Devo investigar. Entrando no Diner, pedi café e me sentei olhando minha caixa de correio do outro lado da rua. Transeuntes fizeram vários depósitos: papel de bala, jornais, um par de tênis estrangulado pelos próprios cadarços, línguas pendendo horrivelmente. Esta cidade é um animal feroz e complicado. Para entendê-la eu leio seus dejetos, seus aromas, o movimento de seus parasitas… Sentei olhando o lixo e Nova York abriu seu coração.

Alguém tentou matar Veidt. Prova a teoria do “matador de mascarados”. O assassino fecha o cerco. Verifiquei mensagens. Bilhete de Moloch. Relacionado talvez? Depois fui recolher rosto no beco. Em frente ao Utopia, polícia prendeu um viciado em KT-285. Estava gritando alguma coisa sobre o presidente Nixon. Sobre bombas. Será que todos enlouqueceram menos eu? Sobre a 40a, um elefante flutuava. Acima dele, satélites espiões invisíveis. Se eles estreitarem seus olhos de vidro, todos vamos morrer. Mundo implacável. Só há uma resposta sadia para ele. O beco estava frio e deserto. Minhas coisas estavam onde eu havia deixado. Esperando por mim. Colocando-as, abandonei o disfarce e voltei a ser eu mesmo, livre do medo, da fraqueza ou do desejo. Meu casaco, meus sapatos, minhas luvas imaculadas. Meu rosto. Tenho três horas antes de encontrar Moloch. Mais adiante, ouvi grito de mulher, primeira nota balbuciante do coro noturno da cidade. Me aproximei. Uma tentativa de estupro/assalto/ambos. Pigarreei. O homem se virou e havia algo gratificante no seu olhar. Às vezes à noite é generosa comigo.

1 de novembro de 1985.

Último registro? Saímos do escritório de Veidt quase meia-noite. Dreiberg, convencido de que Veidt está por trás de tudo, fala sério em visitar a Antártica. A nave dele aparentemente tem condições, mas e nós? Veidt. Não imagino oponente mais perigoso. Se a jornada for possível, rastreá-lo ao seu covil é a única opção. Mas me sinto intranqüilo. Território desconhecido… Ele poderia nos matar na neve. Ninguém jamais saberia… Primeira noite de novembro. Estou com frio. Escritórios abaixo, lajes marcando diariamente milhares de túmulos. Dentro, nos mostradores dos relógios, tão visados quanto celebridades, os ponteiros iniciam as voltas finais. O fim vem a galope, favorecendo a espora, poupando as rédeas. Acho que vamos tombar logo. Veidt é mais rápido do que Dreiberg. Talvez mais do que eu. Voltar da missão parece improvável. Última anotação. Vou mandar o diário aos únicos em quem confio. Digo a Dreiberg que preciso checar minha caixa postal. Ele acredita. Quer eu esteja vivo ou morto, se você estiver lendo isso agora vai saber da verdade: seja qual for a natureza desta conspiração, Adrian Veidt é o responsável. Esforcei-me para ser compreensível. Acredito que tracei um quadro aterrador. Apreciso seu apoio recente e espero que o mundo sobreviva até isto chegar às suas mãos, mas tanques estão em Berlim oriental e o fim está próximo. Quanto a mim, de nada me arrependo. Vivi a vida sem concessões… e agora avanço rumo às sombras sem me queixar. RORSCHACH, 1 de novembro de 1985.

...

As Litanias de Satã


As Litanias de Satã

Ó tu, o Anjo mais belo e também o mais culto,
Deus que a sorte traiu e privou do seu culto,
Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Ó Príncipe do exílio a quem alguém fez mal,
E que, vencido, sempre te ergues mais brutal,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Tu que vês tudo, ó rei das coisas subterrâneas,
Charlatão familiar das humanas insânias,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Tu que, mesmo ao leproso, ao paria infame, ao réu
Ensinas pelo amor às delícias do Céu,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Tu que da morte, tua velha e forte amante,
Engendraste a Esperança, - a louca fascinante!

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Tu que dás ao proscrito esse alto e calmo olhar
Que faz ao pé da forca o povo desvairar,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Tu que sabes onde é que em terras invejosas
O Deus ciumento esconde as pedras preciosas.

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Tu cuja larga mão oculta os precipícios,
Ao sonâmbulo a errar na orla dos edifícios,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Tu que, magicamente, abrandas como mel
Os velhos ossos do ébrio moído num tropel,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Tu, que ao homem que é fraco e sofre deste o alvitre
De poder misturar ao enxofre o salitre,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Tu que pões tua marca, ó cúmplice sutil,
Sobre a fronte do Creso implacável e vil,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Tu que, abrindo a alma e o olhar das raparigas a ambos
Dás o culto da chaga e o amor pelos molambos,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Do exilado bordão, lanterna do inventor,
Confessor do enforcado e do conspirador,

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria!

Pai adotivo que és dos que, furioso, o Mestre
O deus Padre, expulsou do paraíso terrestre

Tem piedade, ó Satã, desta longa miséria !

( Charles Baudelaire )

...

sábado, 16 de janeiro de 2010

As Portas

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Cypress Hill


Los Grandes Exitos En Español

Download

01 • Yo Quiero Fumar (I Want to Get High) – 2:46
02 • Loco en el Coco (Insane in the Brain) – 3:23
03 • No Entiendes la Onda (How I Could Just Kill a Man) – 4:09
04 • Dr. Dedoverde (Dr. Greenthumb) – 2:58
05 • Latino Lingo (Latin Lingo) – 4:00
06 • Puercos (Pigs) – 2:46
07 • Marijuano Locos (Stoned Raiders) – 2:58
08 • Tú No Ajaunta (Checkmate) – 3:29
09 • Ilusiones (Illusions) – 3:16
10 • Muévete (Make a Move) – 4:02
11 • No Pierdo Nada (Nothin´ to Lose) – 3:52
12 • Tequila (Tequila Sunrise) – 3:56
13 • Tres Equis – 1:52
14 • Siempre Peligroso – 3:58


...


quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

All India Radio - Persist

Blur - Trailerpark




Estacionamento de Trailer

Estilo livre

Estilo livre... 45
Estilo livre

Eu sou um caipira, eu não tenho alma
não durmo a noite, o mundo está envelhecendo
Eu perdi minha garota para os Rolling Stones
Eu perdi minha garota para os Rolling Stones

Estilo livre
Estilo livre... 45
Estilo livre

Eu sou um caipira, eu não tenho alma
não durmo a noite, o mundo está envelhecendo
Eu perdi minha garota para os Rolling Stones
Eu perdi minha garota para os Rolling Stones
...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Road Trippin' - Trindade



...